Por Vinícios Surita Farabotti.
Querido é talvez com
o mesmo sentimento de Jesus que venho trazer essa reflexão para
crescermos juntos em nossa fé. Pode parecer estranho um ensaio que não
traga passos para a grande conquista, nem dicas para enfrentar o dia mal. Soa
ainda mais estranho quando o que quero na verdade é convidá-los para chorar com
aqueles que neste momento, estão chorando, a começar das lágrimas que entendo
que Deus tem derramado pelo seu povo.
Quero que
saibam que neste exato momento enquanto escrevo, meu sentimento é de grande
inquietação e de agitação no espírito. Não quero que minhas palavras sejam
compreendidas como se fossem “A revelação vinda dos céus; ou como “A” palavra
que vai mudar sua vida”. São palavras de uma pessoa que se sente responsavel
conforme a vocação de Deus, dada aos homens, para saúde e direção daqueles que
se chamam pelo povo de Deus.
Tenho
compreendido a dificuldade de assumirmos nossa identidade enquanto cristãos no
mundo de hoje. O cristianismo vive uma séria crise de identidade. São muitas as
linhas de pensamentos, as controvérsias e a dificuldade de nos relacinarmos
como irmãos do Corpo de Cristo, está cada vez mais dificil. Aquilo que nos une
(Cristo), está cada vez mais nos afastando, devido ao radicalismo visionário de
alguns companheiros de ministério que também se chamam pelo nome de cristãos
(pequenos cristos).
O fato
é que não quero colocar aqui régua que venha a nos regulamentar como sendo
alguns do caminho da verdade, e outros sendo aqueles que vem para confundir.
Minha proposta é para caminharmos em uma única direção à partir desta reflexão: Jesus, O Cristo, o Filho de Deus, Salvador de todo
aquele que crê, Senhor dos Senhores.
Em 1Co 3.11 o
apóstolo Pauo diz: “Porque ninguém pode colocar
outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo.”.
Poderia citar
inúmeras literaturas falando de determinados movimentos do cristianimos
contemporâneo para refutar uns e apoiar outros, mas, assim como Paulo, “decidi
nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado.” (1Co
2.2).
Minha dor e
minha tristeza advêm das muitas mágoas e da multidão de testemunhas que surgem
daqueles que estiveram na caminhada com Cristo e se frustaram com determinados
movimentos cristãos, deixando assim não só a frustração com uma instituição
governada por falhos e pecadores que carecem da graça de Deus como qualquer
pessoa, mas também uma frustração que acaba por refletir na intimidade do seu
relacionamento com Jesus. Mas qual seria o termômetro para saber se nossa
conduta de fé tem agradado a Deus ou não? É possível saber?
Em Efésios
4.30, Paulo recomenda aos cristãos de Éfeso para não entristecerem o Espírito
Santo de Deus, com o qual haviam sido selados para o dia da redenção. Há uma
busca natural por parte daqueles que nasceram novamente para um viver que
alegre o Deus que o redimiu e o salvou. Ao fazer essa recomendação Paulo estava
fazendo o contra ponto com a antiga vida que tínhamos antes de nos entregarmos
a Cristo.
Essa é a
chama que jamais poderá morrer no coração de um cristão: o desejo de se tornar
semelhança de Jesus. O rumo de nossa vida é deixar as coisas velhas para trás,
se desfazendo do velho homem, e deixar Cristo viver em nós. (Ef 4.22. Gl 2.20)
O
objetivo na vida de uma pessoa é exatamente se tornar como seu Senhor. “até que
todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da
plenitude de Cristo.” Efésios
4:13.
Entendo e me
compadeço da dor e das lágrimas de muitos de nossos irmãos que se decepcionaram
com determinadas instituições religiosas. Mas o fato é que isso não é motivo,
nem de longe, para que se abandone o relacionamento com Deus e também com o
Corpo de Cristo, que não é prédios feitos por mãos humanas, mas sim pessoas
falhas que foram compradas pelo sangue do cordeiro (Ef 5.25 – 27) o qual tem
poder para nos purificar de todo pecado, mediante o arrependimento e a
confissão dos pecados. (1 Jo 1.9)
A dor que
tenho entendido do coração de Deus é que muitos por se desiludirem com maus
exemplos, também deixaram que o Espírito de Deus fosse entristecido, não só
pelo abandono de sua intimidade, mas também pela regressão ou envolvimento com
outros evangelhos que não aquele do firme fundamento: Jesus Cristo.
“Admiro-me de
que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça
de Cristo, para seguirem outro evangelho”, Gálatas 1:6. Seja as “boas novas” do egoísmo da
prosperidade, ou as “boas novas” do egoísmo da libertinagem, ambos levam para o
mesmo lugar.
Amados, peço
ao nosso Deus que nessa data ele venha renovar o primeiro amor na vida de cada
um de nós, para obtermos uma caminhada consistente com Cristo, até o dia de sua
volta.
Que não
sejamos como Efraim e Judá, cujo “amor é como a neblina da manhã, como o
primeiro orvalho que logo evapora.” (Oséias 6.4).
Que não
sejamos como a Igreja de Éfeso, descrita no livro de Apocalipse cap 2, que era
perseverante, trabalhava arduamente, não tolerava a maldade e que combatia os
falsos apóstolos da época com sua boa doutrina ensinada pelos verdadeiros
apóstolos. Que suportavam o sofrimento e perseveravam por causa do nome de
Jesus e que não desfaleceram, mas que, no entanto, abandonaram o seu primeiro
amor.
Que não
sejamos como aqueles cristãos descritos no livro de Hebreus, que deixaram de se
reunir como igreja, porque na realidade, muito pelo contrário, precisamos uns
dos outros para nos encorajarmos mutuamente, ainda mais que a cada dia que
passa, o Dia do Senhor fica mais próximo. (Hb 10.25)
Entendo que a
medida em que vivemos num tempo de crise de identidade religiosa, o
cristianismo puro e simples vai perdendo a credibilidade diante da grande massa
que pede por sinais, prodigios e maravilhas. Revelações especiais e
extra-Bíblicas são motivos de euforia e de extase religioso. Mas tudo isso não
quer dizer absolutamente nada, salvo a possibilidade do cumprimento da Palavra
de Jesus, que diz: “ ... Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos
virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.”. Mateus
24:4-5; “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não
lhe deis crédito; Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão
grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
Eis que eu vo-lo tenho predito.” Mateus 24:23-25.
Isso não é
nenhuma novidade para quem lê as escrituras. O fato é que a cada dia que passa
tenho visto uma desenfreada inclinação de muitas pessoas em busca disso que,
num futuro próximo, (creio eu), enganaria até os da fé.
A questão é
que isso não exclui a busca sincera pelas coisas de Deus, pelas experiências de
intimidade com seu salvador! Fugir de ser enganado dos falsos profetas não
exclui a busca fervorosa em oração, ou nas madrugadas, cânticos expontaneos e
tudo o mais que Deus queira que você viva.
Nunca havia
feito uma reflexão de que muitas pessoas podem chegar à apostasia através desse
movimento escatológico dos falsos profetas. E confesso que o que entristesse
meu coração é ver que o cenário de hoje em dia não é muito diferente daquilo
que a Bíblia nos alerta! Tanto os falsos profetas, os falsos cristos e o
esfriamento espiritual estão interligados com a volta de Jesus. (Mt 24.4,5; 23
– 25; 2Ts 2.3; Lc 8.18; Mt 7.21 – 23)
Portanto
amados de Deus, assim como Paulo recomendou a seu discípulo Tito, eu repasso a
vocês que “não entres em questões
loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas
inúteis e vãs." (Tito
3:9). Ao contrário busquem vocês mesmos o cuidado com a sua salvação. Que a
Palavra que tem poder para nos salvar possa criar raízes em nós para gerar uma
simples e profunda espiritualidade de amor, paixão e serviço.
“Portanto,
livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitem
humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los.
Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.” Tiago
1:21-22.
Irmãos,
finalizo essa longa e importante reflexão exortando a todos que sejam
fervorosos em sua espiritualidade, não deixem a apatia espiritual sobrecair
sobre vocês; busquem crescer na graça e no amor a Deus, na intimidade, para que
Ele possa conhecer de perto seus caminhos. Busquem desenvolver seus dons,
talentos em meio a comunidade para que outros possam receber daquilo que vocês
tem recebido da parte de Deus também! E por último suplico a todos que, em
comunhão, busquem viver o primeiro amor juntamente com a prática das boas
obras. Assim, cada dia mais intimo daquele que nos amou, chamou e que nos
salvará deste corpo mortal para sua maravilhosa glória.
Que Deus
abençoe a todos, na graça e no amor de Deus, nosso salvador.
Há mais ou menos dez minuto, tive contato com referido blog, e confesso que fiquei impressionado com a reflexão em questão. Procurarei conhecê-los melhor,e se confirmanda esta boa impressão, que acredito que ocorrerá, estarei orando e divulgando esta obra. De imediato divulgarei tal descoberta aos meus amigos do face. Jesus é o Senhor. Amém.
ResponderExcluirQue Deus em Cristo te abençoe amado!
ExcluirGostei de ler e meditar sobre o texto; interessante, bem escrito e com mensagem positiva, explicativa, coerente.
ResponderExcluirContamos com suas orações, esse espaço é nosso...
ExcluirAmamos você,
Equipe Teologia do Povo.