Por Tiago Mota.
Lembro-me como se fosse hoje, cursava a 8ª série, no meio de um intervalo movimentado na escola que estudei na zona sul da capital paulista. Estávamos em três colegas próximo a uma janela, conversando e rindo, como sempre, quando em um impulso, um deles dá um empurrão em outro e para a infelicidade do empurrado, tinha uma parte dessa janela quebrada.
Para segurar-se o garoto tenta com a mão esquerda apoiar-se, era tarde, o garoto franzino corta o pulso, um corte pequeno, mas profundo. Na mesma hora uma das “tias” que estavam entregando a merenda, olha para o corte, e, em um estado de espanto, diz fechando os olhos e virando a cabeça para o lado esquerdo, não querendo ver a ferida: Vai precisar de pontos!
Essa é mais uma das minhas muitas histórias de tempo de colégio, hoje olhando para meu pulso esquerdo, lembro-me daquela “maldita-bendita” janela, do exato “local-lugar” e do “agente-de-minha-ferida”. Recordando esse momento de dor, ficou apenas a marca de dois pontos, após essa experiência entendo melhor quando falo para meus ouvintes ou escrevo para você leitor, que as feridas da alma são como as feridas da carne, podem ser pequenas, mas são profundas. Feridas essas que tiveram um agente, feridas estas que tiveram um local.
Você pode hoje estar com sua alma retalhada, pode estar com feridas ainda sangrando, mas pense comigo, não há nada melhor que o tempo, nada melhor que o “dia-chamado-hoje” para cicatrização das feridas internas. Feridas estas que estão gravadas em nossa memória existencial (me), que não podem ser cuidadas por um simples homem chamado “enfermeiro-médico” ou “médico-enfermeiro”. Essas feridas da alma só serão saradas pelas mãos do “Médico-Enfermeiro-Mor”, pelas mãos da Pessoa que não trata o ser humano pelo que simplesmente vê por fora, que chamamos “feridas-na-carne”. Ele olha, Ele cuida de uma forma diferente. Cuida das “feridas-da -alma”.
Quais foram as janelas que marcaram sua alma? Quais foram os agentes da mesma? Qual a gravidade dessa ferida? Seja sincero, olhe para o retrovisor de sua história, olhe para o espelho de sua existência, nada melhor que o tempo chamado hoje para a cura da alma, para a cicatrização das feridas internas, esse “Médico-Enfermeiro-Mor” está nesse minuto tocando em suas feridas, acredite!
Tiago, ótimo texto. Precisamos permitir o toque curador de Deus em nossas feridas...que Ele derrame o bálsamo para a cicatrização e que as mágoas, ressentimentos, amarguras sejam deixadas para trás e desfrutar cada vez mais de suas bênçãos. "Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas." Salmos 147:3
ResponderExcluirKatia querida!
ExcluirPode ter certeza que as mãos do Papai estão no controle de todas as coisas, Ele conhece todas as feridas de nossa alma, sabe onde dói, sabe onde sangra, sinta o "Médico-Enfermeiro-Mor" cuidado de todas as marcas, te amo nEle!
Obrigado pela visita e o comentário no meu blog www.pastordri.blogspot.com
ResponderExcluirAbraços.
Pr. Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
Parabéns pelo blog pastor, que Deus continue a te abençoar!
ExcluirTiago Mota.
Equipe Teologia do Povo.