As leis de Deus

Por Wanderson S. Santos.

Vocês já viram um homem andando na corda bamba? Não há figura mais utilizada para representar equilíbrio do que essa. E, sinceramente falando, equilíbrio é algo tão escasso ultimamente, que mesmo a jóia mais rara do mundo pode ser encontrada em maior abundância que o tal equilíbrio.

Contudo, voltemos à corda bamba, não é fantástico quando alguém se equilibra em uma corda de espessura finíssima em alturas inimagináveis? Pois é, mas não importa o equilibrista, a corda, ou a altura, todos que tentarem esta façanha devem observar um princípio básico a distribuição de peso, tanto que alguns preferem a utilização de uma enorme vara a fim de manter-se equilibrado.

Sabem por quê? Por causa da gravidade! A gravidade puxa o homem para baixo podendo derrubá-lo e ao mesmo tempo o equilibrista a utiliza para manter o famoso equilíbrio. Com a massa de seu corpo distribuída o homem utiliza a força G para manter-se reto, firme lá em cima! E alcançar o seu objetivo – escapar da morte.

A partir do momento que ganhamos consciência da nossa relação com o próximo, vivemos buscando a mesma coisa, assim como o homem na corda bamba.

A gravidade não é uma teoria ou uma sugestão é uma lei! O homem não pode por um momento abster-se dela, ainda mais se estiver na corda bamba.

Semelhantemente as leis de Deus agem com a mesma importância e força em nossas vidas. Não podemos por um momento ignorá-las ou não admiti-las. Pois a mesma lei que nos condena e nos mata (porque o salário do pecado é a morte) é a segurança de que se a conhecermos bem, isso nos garantirá um caminho mais firme e reto, mesmo que a corda insista em bambear!

O apóstolo Paulo já dizia que a lei não salva ninguém e isso é verdade! Porém cumpri-la nos mantém firmes! O homem da corda bamba sabe que se pender mais para a direita ou para esquerda fatalmente cairá. Nós, também, se formos mais tendenciosos com uma ou, outra coisa conheceremos o mesmo fim. Se formos muito prudentes e não tivermos simplicidade seremos covardes e se formos muitos simples e não tivermos prudência seremos tolos.

Por isso , como cristãos (pequenos Cristos), nós não devemos ab-rogar a lei, mas cumpri-la! Foi isto que o Mestre fez, é isto que devemos fazer; e, enquanto

fizermos, conseguiremos estar o mais próximo possível do equilíbrio por mais raro que seja.