quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Alimento da Alma!


Desde já agradeço a oportunidade de compartilhar com os irmãos alguns pensamentos e reflexões daquilo que creio em relação ao evangelho de Jesus, interagindo com os amados sobre a fé no mestre e na jornada que temos trilhado neste mundo como discípulos de Cristo.


Na minha curta caminhada como pastor local, me deparo com diversas histórias e situações, poucas que trazem alegrias e contentamento e a grande maioria marcada por dores, sofrimentos e escolhas que trazem profundas marcas devido as consequências que acompanham tais escolhas.

Certa vez atendi uma senhora que se queixava da vida e no momento em que se encontrava numa situação difícil passou a culpar Deus, daí me lembrei do texto de Provérbios 19:3, (A estultícia do homem perverterá o seu caminho, e o seu coração se irará contra o SENHOR) e após uma longa conversa percebemos que Deus não era o culpado das escolhas que ela tinha feito e das oportunidades que havia disperdiçado e que naquele momento tristemente estava plantando aquilo que ela mesmo tinha plantado (Gl 6.7). 

Nessas experiências de gabinete percebo que a maioria, se não todos, os irmãos que se encontram frios, desanimados são aqueles que não nutrem a fé com a leitura e meditação na Palavra de Deus, mas será que os textos não são claros sobre a necessidade que os cristãos têm de meditarem e guardarem as palavras da Lei do Senhor? Sabemos que Ela é “lâmpadas para os nossos pés” (Sl 119.105); através dela aprendemos a temer a Deus, “E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao SENHOR seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para cumpri-los” (Deuteronômio 17:19); entre outros textos que nos incentivam a ter momentos diários com Ele. O problema é que o quarto da oração (Mt 6.6) não nos atrai, nossas mentes e coração estão em outras coisas, nos envolvemos em muitos negócios, assumimos inúmeros compromissos e deixamos de lado aquilo que realmente importa, que é fundamental para a nossa vida cristã, que alimenta a nossa alma em segundo plano.

Diante dessa fatal negligência além de ficarmos fracos e continuarmos cada vez mais carnais, como pastores que somos, produzimos igrejas fracas, que continuam doentes. Precisamos redescobrir as Escritutras assim como aconteceu nos dias de Esdras (Neemias 8), levar o povo a amar a Deus através de Sua Palavra. Acredito que isso acontecerá quando os pastores começarem a colocar como prioridade aquilo que deveria ser encarado como fundamental, alimentar sua alma diariamente antes de mais nada através da meditação diária do texto sagrado e a partir daí, essa vitalidade trará vida aos ossos secos que abarrotam as nossas igrejas brasileiras que vivem buscando alento em coisas, sinais e manifestações visuais, na realidade isso nada mais é do que o clamor de almas sedentas pelo Altíssimo que buscam sentir, ver, acreditando ser dessa forma que alimentamos nosso ser e na realidade não sabem que esse saciar começa no quarto diariamente falando ao Pai em secreto.

Que o Senhor nos desperte, que Ele promova uma fome e sede de sua Palavra na igreja Brasileira, pois assim, e só assim, brotará um genuíno avivamento em nosso meio. Temos que entender de uma vez por todas que o Avivamento começa no quarto de oração e não nas marchas frenéticas ou nos púlpitos estrelados de nossa geração.

Que o Senhor tenha misericórdia de nós.

Por Emmanuel Athayde

2 comentários:

  1. Boa tarde!

    Excelente texto!

    Ao ler o artigo me lembrei de uma pregação de uma irmã em um círculo de oração, onde ela levantou o tema dos "crentes desnutridos", e isso se deve ao fraco alimento distribuído em muitos púlpitos por aí. Creio que um das questões principais é a de que muitos pregadores hoje em dia estão falando o que o povo quer ouvir, e não o que e o povo precisa ouvir.

    Mas louvo á Deus por existirem homem e mulheres de Deus como o pessoal do "Teologia do povo", que pregam o bom alimento!

    Que Deus continue os abençoando!

    =)

    CRISTIANISMO EM FOCO

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