Quando nossa alma se aproxima de Cristo é o carente e necessitado diante da mesa farta e da abastança. Não se pode medir bem a cena e as reações provenientes dela, mas podemos pensar um pouco sobre isto.
Como se comportaria um mendigo frente uma mesa farta e sem limitações de etiquetas ou normas de educação e comportamento? Como nós nos comportamos diante do Mestre?
Será que o mendigo choraria? Será que guardaria um pouco para mais tarde? Será que provaria um pouco de doce, depois salgado, ou faria o contrário?
Por que não pensamos nesta cena como um humano comportado comendo, e sim em uma figura que se aproxima mais do animalesco e irracional devorando tudo sem se quer saber o que seja? A resposta é um pouco óbvia, porque ele tem fome! Porque suas necessidades imediatas superam a sua racionalidade. - é a vida falando contra a morte - comer é viver, é saciar-se.
Semelhantemente quando estamos diante de Cristo queremos viver, saciar-nos, ter mais do que já temos, obter aquilo que nos falta, porém devemos entender que o valor nutritivo do pão da vida alimenta o caráter, a moral e o estoicismo em detrimento da ganância, mesquinhez e individualismo. Aliás, estes três últimos atributos são a fome.
Uma única vez que esteja diante do banquete estas coisas tende a desaparecer. E o que mais intriga é o fato de que enquanto permanecer na ceia sequer se lembrará delas.
“O vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Isaías 55:1”
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