sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No Divã com Deus!


Por Tiago Mota.

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu julgo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu julgo é suave e o meu fardo é leve...” [Mateus 11: 28-30]



Povo amado, o convite está feito, é importante primeiramente observar que esse convite é feito a todas as pessoas que ouvem ou lêem a convocação, aqui não é um convite elitizado, pelo contrário é uma chamada a todos os que estão cansados e sobrecarregados, tanto pelo peso espiritual, quanto pela falta de prazer na própria existência.

Esses “sintomas” manifestam-se no contexto da narrativa por um único motivo, o homem tentando (sem sucesso), salvar a si mesmo por meio do cumprimento da lei, pontuando que nossa salvação é uma obra soberana de Deus, mas a verdade da eleição divina no verso 27 não é incompatível com a livre oferta a todos nos versos citados acima (28-30, conforme John Macarthur nos ensina em seu comentário do texto).

A nossa proposta aqui é compreender essa dádiva de Deus em chamar aos pequeninos (v.25) para seu Divã de repouso, o “Psico-Salvador-Mestre” promete alivio aos que se levantarem de seus lugares de enfado e sobrecarga e virem até Ele, “Venham a mim...” perceba que existe uma comunicação eficiente entre a Pessoa presente e as pessoas carentes, o Eterno fala e os necessitados escutam, e depois dessa posição de obediência a doce Voz do Agente, eles (necessitados) vão provar do descanso que está na Sala do trono do Autor da vida.

O Presenteador agora fala para essas pessoas, que estão em Seu divã a tomarem o Seu julgo, e aprender dEle que é manso e humilde de coração, perceba a utilização dos termos acadêmicos presentes na narrativa, existe a presença do Mestre (O que ensina), e dos alunos (que aprendem), vamos abrir aqui primeiramente um parêntese para explicar o que é esse julgo, que nada mais é, do que uma peça de madeira antiga usada para unir geralmente dois bois, presa no pescoço dos animais para transportar algo, pesado e de difícil locomoção, e mantê-los em linha reta e continua, normalmente era composta por um boi mais velho e experiente, e outro mais novo, menos experiente.

Jesus está dizendo que vai andar junto conosco, Ele é o “boi” experiente que vai nos conduzir a caminhos antes trilhados, e mais, vai nos mostrar que há “macetes” de viver sem peso ou cansaço (O Mestre), vai nos ensinar que a existência nEle e com Ele não é pesarosa e muito menos dolorosa, vamos aprender dEle que é manso e humilde de coração, ele usa aqui uma forma de eco da primeira bem aventurança “humildade” (Conf. 5: 3).

Entendo aqui como sendo um discipulado dinâmico que sua base se chama “julgo”, temos que ser humildes a colocar para fora essa real necessidade interna, aqui dá a idéia de sabedoria da parte existencial de Deus para a existência dos sobrecarregados e cansados, perceba que podemos tirar a lição de que esses sintomas aparecem por falta de uma real instrução “vivencial-existencial-emocional-psicologica”, andando “colado” com Ele no caminho estreito da vida, vamos aprender a caminhar direito e focados, e resolver todas essas questões, caminhando com Ele vamos tirar dos ombros o peso da religião e da lei que nada mais são do que opressões de julgo dados pelos “donos-da-verdade”.

Caminhando com nosso “Psico-Salvador-Mestre”, vamos aprender a abrir a gaiola que antes vivíamos, e estarmos livres para simplesmente sermos “testemunhas-da-verdade”, e depois disso alçar vôos altos e profundos nos céus da graça, que este é o verdadeiro descanso para a nossa alma, a liberdade em Deus “... Pois o meu julgo é suave e o meu fardo é leve...”   

2 comentários:

  1. Engraçado como comentava com meu esposo hoje mesmo, que há um " espirito de cansaço e desanimo" que esta contaminando milhares de pessoas, inclusive dentro das "igrejas". Com certeza esse cansaço, vem de tentativa de viver uma vida por si mesmo, uma vida sem estar no mesmo julgo de Jesus, tentando encontrar seus proprios caminhos, caminhos que ao final são caminhos de morte. VOLTEMOS! Voltemos a nos submeter a liberdade de estar no mesmo julgo que Jesus, deixemos que ELe nos ensine a viver a vida, e viver com abundancia!
    Soli Deo Gloria!

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    1. Olá Márcia, é exatamente o que citou essa inquietação, indignação e cansaço não está apenas em nossos lares, mas também nos guetos escuros da falsa teologia, em nossa visão a solução primeira é voltarmos ao verdadeiro evangelho filha, fazendo isso, estaremos de volta nos trilhos que nos conduzirá ao Destino Final do povo que se chama pelo Nome de Deus...

      Amamos vocês,
      Equipe Teologia do Povo.

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